Já imaginou estudar em um dos países com a melhor educação do mundo? A Suécia é modelo quando o assunto é educação. Não por acaso, é um dos países que mais investem no ensino. Apesar do clima frio e o elevado custo de vida, a Suécia reúne vários motivos para que brasileiros considerem o país como destino para estudar Medicina: o país tem algumas das melhores escolas médicas do mundo, altíssimos índices de qualidade do meio ambiente, engajamento cívico, condições de saúde, renda e riqueza, emprego e moradia.
Apesar de não ser um destino popular entre brasileiros, a Suécia chama a atenção de quem quer internacionalizar o currículo pela grande quantidade de cursos ministrados em inglês. Outros fatores se juntam à lista de razões para escolher o país escandinavo: ambiente propício à inovação, liberdade de pensamento, comunidade aberta a estrangeiros, bom sistema de transporte, segurança e alta qualidade de vida.
Na Suécia, o curso de Medicina é considerado uma graduação, ou seja, o estudante precisa apenas ter concluído o Ensino Médio, como ocorre no Brasil. No entanto, lá a carreira médica tem uma formação mínima de sete anos: os primeiros onze semestres são divididos da seguinte forma: cinco semestres de ciclo pré-clínico e seis semestres de ciclo clínico. Encerrada essa etapa, são necessários mais três semestres dedicados à residência. Só então o estudante obtém o diploma médico.
Na Suécia, há ao todo 14 universidades que oferecem cursos de Medicina e áreas afins. Como se pode perceber, é um grupo pequeno de instituições para acomodar o alto número de estudantes interessados no curso. Sim, também lá existe concorrência e, considerando que o ensino sueco tem um dos mais altos níveis do mundo, não é uma competição muito justa para os estrangeiros.
Apesar disso, a Suécia tem sido o destino de milhares de estudantes internacionais em busca de um diploma médico. Algumas universidades de medicina têm até sites e escritórios físicos dedicados especialmente a estudantes internacionais, como a Lund University e a Uppsala University. Há universidades que oferecem o curso em inglês, outras apenas em sueco. E há ainda algumas em que os cursos têm disciplinas em inglês e disciplinas em sueco. Isso porque na Suécia a maior parte da população fala também inglês.
O ensino superior na Suécia é gratuito e isso se estendia também aos estrangeiros. Desde 2011, no entanto, uma lei estabeleceu que o ensino superior na Suécia só seria gratuito para cidadãos suecos e cidadãos de países membros da União Europeia (EU) ou do Espaço Econômico Europeu (EEE).
Atualmente, as anuidades cobradas de estudantes que não se enquadram nessas condições estão entre €7 mil e €25 mil, ou R$ 49 mil a R$ 165 mil na conversão de maio de 2021. Em geral, as universidades suecas fazem a cobrança semestralmente, mas, apenas para comparação, se dividirmos os valores por doze meses, teremos o equivalente a mensalidades que vão de R$ 4 mil a R$ 14 mil, nada muito diferente do que se paga para estudar Medicina em universidades particulares brasileiras.
A introdução da cobrança de anualidades para alunos internacionais reduziu drasticamente o número de estrangeiros nas instituições. A Universidade de Umea, por exemplo, perdeu 90% dos estudantes internacionais. O governo sueco passou, então, a criar medidas para atrair jovens de outros países, já que a internacionalização é considerada essencial para um ensino de qualidade. Por isso, não é tão difícil conseguir bolsas de estudos para estudar lá.
Se você quer fazer uma graduação na Suécia, saiba que existem várias possibilidades de bolsas de estudos. Muitas delas oferecem isenção de parte dos pagamentos, mas há bolsas que oferecem não só a isenção do pagamento de taxas e anuidades, mas também ajuda de custo. Essa opção é muito interessante, já que o custo de vida por lá pode ser bem alto, principalmente para quem depende de uma fonte de renda vinda do Brasil.
É possível conseguir bolsas de estudo através do governo sueco, das próprias universidades, de organizações e fundações ou até mesmo através de empresas privadas. As bolsas podem ser acadêmicas, atléticas ou artísticas. Isso significa que, se você se destacar em alguma atividade, mais oportunidades terá. No site Study in Sweden você encontra uma lista de bolsas de estudos acessíveis a estrangeiros.
Além disso, diferente de muitos países que não permitem ao estrangeiro com visto de estudante trabalhar, a Suécia permite. Nós sabemos que o curso de Medicina, além de ter uma elevada carga horária, exige muita dedicação dos alunos. Maaas, se você conseguir se desdobrar para fazer alguns bicos, tá liberado! Inclusive, algumas universidades oferecem emprego aos estudantes bolsistas.
Na Suécia não existe vestibular. As inscrições para candidatura às universidades são feitas de maneira centralizada pelo portal University Admissions. Para isso, é cobrado uma taxa de cerca R$ 570, mas permite que você se candidate para até oito cursos/universidades de uma só vez. Toda a documentação necessária é submetida através do portal, por isso, é importante ter tudo pronto antes de iniciar o processo de inscrição.
A seleção é feita a partir do currículo escolar. Há uma documentação genérica que é requerida por todas as universidades, como documentos de identificação, diploma do Ensino Médio, avaliação de qualificações do Ensino Médio pelo Conselho Sueco de Educação Superior e certificado de proficiência no idioma, seja ele inglês, sueco ou ambos. Sim, em algumas universidades, é necessário dominar os dois idiomas para acompanhar o curso.
Além desses requisitos básicos, cada universidade e cada curso tem suas exigências específicas: cartas de recomendação, carta de motivação, notas mínimas em disciplinas da área, etc. Por isso, é muito importante escolher as instituições de interesse antes do momento da inscrição.
O ano letivo na Suécia é dividido em dois períodos: semestre de outono e semestre de primavera. O primeiro tem início no final de agosto e vai até a segunda metade de janeiro, com uma semana de férias durante as festas de dezembro. O segundo começa no final de janeiro e termina em junho, quando vêm as férias de verão.
Em cada semestre, há duas fases de inscrição. Os candidatos internacionais são incentivados a se inscreverem na primeira fase, que começa em outubro e se encerra em meados de janeiro (para ter início no semestre de outono seguinte) e início de junho a meados de agosto (para o semestre de primavera seguinte). A segunda fase de inscrições, que vai de meados de março a meados de abril (para o semestre de outono) e de meados de setembro a meados de outubro (para o semestre da primavera) é principalmente para candidatos suecos e da UE e EEE.
Não é recomendado que estudantes internacionais se inscrevam durante a segunda fase, pois ela ocorre muito perto do início das aulas e é improvável que haja tempo suficiente para que um aluno se inscreva e receba uma autorização de residência estudantil a tempo. Outra dica importante: a maioria dos programas ministrados em inglês têm início do semestre de outono. Portanto, o melhor momento para a inscrição, se você não domina o sueco, é até meados de janeiro.
Apesar de haver apenas 14 instituições que oferecem formação médica na Suécia, não faltam representantes desse país nos rankings de melhores universidades do mundo. No QS World University Rankings de 2021, há três suecas entre as 100 melhores universidades de Medicina do mundo. Vamos conhecê-las?
Com sede na capital Estocolmo, o Instituto Karolinska é uma universidade completamente dedicada às ciências médicas e da saúde, com reputação de pesquisa e inovação de alta qualidade. É considerada a sexta melhor escola de Medicina do mundo.
O Karolinska tem poucas disciplinas oferecidas em inglês, motivo pelo qual, não é a escola que mais atrai estrangeiros à Suécia. Inclusive, para se candidatar, é preciso atestar proficiência em inglês e em sueco. Apesar de ser uma instituição pequena em quantidade de alunos, o Karolinska é responsável por mais de 40% da pesquisa acadêmica médica da Suécia.
Com sede na capital Estocolmo, o Instituto Karolinska é uma universidade completamente dedicada às ciências médicas e da saúde, com reputação de pesquisa e inovação de alta qualidade. É considerada a sexta melhor escola de Medicina do mundo.
O Karolinska tem poucas disciplinas oferecidas em inglês, motivo pelo qual, não é a escola que mais atrai estrangeiros à Suécia. Inclusive, para se candidatar, é preciso atestar proficiência em inglês e em sueco. Apesar de ser uma instituição pequena em quantidade de alunos, o Karolinska é responsável por mais de 40% da pesquisa acadêmica médica da Suécia.
Criado em 1810 como centro de treinamento para cirurgiões do exército, o Karolinska é uma instituição pública cujo nome faz referência aos karoliner, soldados do rei sueco Carlos XIII. Em 1861, graças ao crescente reconhecimento, o instituto recebeu o status de universidade. Desde 1901, o Karolinska é responsável pela indicação dos laureados com o Nobel de Medicina. Cinco de seus pesquisadores já foram premiados.
Berço de mais de 40 companhias farmacêuticas, o Karolinska incentiva seus alunos a desenvolverem e comercializarem suas ideias. Por isso, o instituto dá aulas de empreendedorismo, desenvolvimento de inovações, fundamentos de start-ups e acordos de patentes, além de oferecer um centro estruturado de apoio a empresas.
Entre os famosos que já passaram pelo Karolinska estão Erik Jorpes, que desenvolveu um método de produção de insulina pura, e Åke Senning, que colocou o primeiro marca-passo em um ser humano.
Fundada em 1666, a Universidade de Lund é considerada uma das maiores instituições nórdicas de ensino e pesquisa e a segunda mais antiga da Suécia. É a segunda melhor escola de Medicina daquele país e a 72ª melhor do mundo.
Com 139 cursos ofertados em inglês e localizada no sul do país, onde o clima é mais ameno, a Lund é a mais procurada por estudantes estrangeiros. A cada ano, cerca de oito mil estudantes de 130 países escolhem a Lund para estudar.
A Lund é a instituição de pesquisa mais forte do país, recebendo mais financiamento do que qualquer outra. A universidade reivindica a criação de importantes inovações, como a tecnologia de reconhecimento facial e o Bluetooth. Dois terços do orçamento da Lund é destinado à pesquisa e ela é a única universidade sueca na lista das 50 organizações que recebem fundos da Comissão Europeia para Pesquisa e Desenvolvimento.
A Lund University é ainda a sede de duas importantes instalações científicas: o MAX IV, um laboratório de aceleração de elétrons para pesquisa sobre radiações, física nuclear e física de aceleradores, e a European Spallation Source, que pesquisa materiais.
Fundada em 1447, a Universidade de Uppsala é a mais antiga de toda a Escandinávia e está ranqueada como a terceira melhor escola de Medicina da Suécia e 92ª do mundo.
Foi fundada para ensinar Teologia e, com o tempo, expandiu o escopo de atuação para diversas áreas do conhecimento. Com 84 cursos ofertados em inglês, a Uppsala é destino de muitos estrangeiros.
Graças à sua origem religiosa, o sino da catedral de Uppsala tradicionalmente ainda é tocado nas principais cerimônias acadêmicas. Outra tradição da universidade é o boné branco, usado pela primeira vez na década de 1840 pelos estudantes de Uppsala para se identificarem, e ainda é colocado no dia 30 de abril, no Walpurgis Eve, todos os anos para comemorar a chegada da primavera.
Também na Uppsala, a pesquisa desempenha papel fundamental, contando com infraestrutura de ponta. Entre os seus alunos destacam-se oito prêmios Nobel e o fundador do Skype. A princesa Victoria da Suécia formou-se na universidade em 2009.
A universidade de Uppsala abriga os primeiros jardins botânicos da Suécia, com mais de nove mil espécies de plantas. Os jardins faziam parte do castelo real e foram concedidos pelo rei Gustav III.
Fundada em 1891, a Universidade de Gothenburg é a segunda maior da Suécia e a terceira mais antiga.
É considerada a quarta melhor escola de Medicina do país. Não está entre as 100 melhores do mundo, mas por pouco: é detentora do 118º melhor curso de Medicina do mundo.
Com 57 departamentos, a Universidade de Gothenburg é também uma das universidades com a oferta de cursos mais amplas e abrangentes na Suécia, alguns deles são únicos até globalmente.
A universidade possui vários ex-alunos notáveis, incluindo Arvid Carlsson, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2000, e Jonas Jonasson, autor internacionalmente famoso.
Pelos padrões acadêmicos, a universidade ainda é considerada muito jovem.Talvez por contar ainda com 55 anos de idade, Umea traz consigo o entusiasmo, a inovação e a criatividade.
A universidade é conhecida por sua abordagem educacional abrangente e ambientes de aprendizagem criativos, incluindo seu amplo campus principal de estilo americano e o campus de arte contemporânea à beira do rio.
Localizada a apenas duas horas do Círculo Polar, Umea é a universidade sueca perfeita para quem gosta de frio. Com poucos cursos formatados em inglês, a universidade conta com menor proporção de alunos estrangeiros. No entanto, em pesquisas realizadas com estudantes internacionais na Suécia, a Umea tem os mais satisfeitos.
A Suécia é um dos melhores países para se viver, em todos os sentidos: estudos, trabalho, qualidade de vida. É também um excelente destino para quem quer apenas construir um currículo diferenciado. Com algumas das melhores universidades do mundo e uma forte cultura de pesquisa e inovação, o país oferece o melhor dos mundos para a construção de uma carreira.
Só que tudo isso tem um preço, já que a gratuidade do ensino superior na Suécia não se estende a brasileiros. Ainda que sua alternativa fosse estudar numa universidade particular no Brasil e os preços suecos pareçam mais vantajosos em alguns casos, é preciso considerar todo o pacote.
Mesmo contando com a possibilidade de ser aceito por uma universidade cuja anuidade seja inferior ao que se pagaria no Brasil ou em outros países, além das grandes chances de obter uma bolsa de estudos, é preciso considerar que o custo de vida na Suécia é bastante alto. Não porque a moeda deles, a coroa sueca, seja mais valorizada do que o real, mas porque a renda per capita sueca é muito alta. Para se ter uma ideia, a média salarial por lá é equivalente a cerca de R$ 10 mil, enquanto no Brasil, a média não passa de R$ 2 mil.
Dessa forma, avaliar se este é um destino viável no seu caso é uma tarefa que só cabe a você. Se você tiver condições financeiras e um excelente histórico escolar para disputar com o alto nível do currículo sueco, o caminho das pedras está dado. Mas, se você não conta com esses requisitos, não desanime. Estudar na Suécia pode ser um sonho para poucos, mas há alternativas.
Não é preciso cruzar o Atlântico para encontrar um ensino de qualidade para construir um bom currículo. A Argentina conta com ensino superior de qualidade mundialmente reconhecida. Além disso, não existe vestibular e a gratuidade do ensino se estende aos brasileiros. E mesmo que a opção seja por uma universidade privada, os custos são infinitamente menores que os praticados no Brasil ou na Europa. Seguramente, a Argentina oferece a melhor relação custo-benefício para brasileiros que desejam estudar Medicina.
Instituições como Universidade de Buenos Aires, Universidade Nacional de La Plata, Universidade Nacional de Rosário, Fundação Barceló, entre outras, formam médicos há décadas. A metodologia de ensino na Argentina é a mesma utilizada no ensino europeu.
A Vive em Buenos Aires existe porque estudar na Argentina tem sido a escolha de milhares de brasileiros que buscam uma formação fora do país. Se você quer saber mais sobre como é estudar Medicina na Argentina, fale com a gente. Nós teremos imenso prazer em te ajudar a realizar este sonho.