A educação e o acesso ao ensino nem sempre foi um direito de todos. Até 1827 nenhuma mulher brasileira, fosse rica ou pobre, negra ou branca, jovem ou idosa, tinha direito à escola e sequer podiam estudar. Muito pelo contrário, eram proibidas de frequentar instituições de ensino e também não podiam receber educação domiciliar. Podiam aprender somente o que era necessário para desenvolver o trabalho doméstico.
Somente por volta do século XIX que a participação feminina nas escolas começou a acontecer, mas ainda de forma tímida: Apenas colégios particulares recebiam as mulheres, portanto era reservado apenas as famílias ricas. Mas não foi somente a parte feminina da sociedade que sofreu com essa exclusão. A possibilidade de estudar e desenvolver uma profissão que exigisse o mínimo de estudo era algo que só quem tinha muito dinheiro poderia fazer.
A universidade era um sonho ainda mais distante: Os cursos superiores eram extremamente caros e até o ano de 1800 nem sequer havia universidades no Brasil, fazendo com que as pessoas precisassem ir para a Europa para estudar (o que aumentava ainda mais os custos). O ensino superior e as instituições só foram expandindo a partir de 1900 com o surgimento de universidades como a USP, PUC e UFRJ.
Somente em 1774 é que surgiram as primeiras escolas públicas do Brasil. Até então, só estudava quem tivessem condições de pagar um colégio ou professor particular, de modo que muitas das pessoas mais pobres só recebiam educação profissional concedida por seus pais, não recebendo educação de base para que pudessem ingressar no Ensino Superior.
Logo, muitos estavam fadados a exercer a profissão recebida em casa com um ensino limitado e seguir com os negócios da família, sendo passado de geração em geração.
Mas algumas profissões consideradas de alta classe, por muitas vezes também eram “hereditárias”.Ser médico ou advogado, antigamente, era uma ocupação reservada apenas para os homens e da classe mais alta da sociedade. Não era somente uma profissão, mas uma posição de destaque ocupada socialmente e normalmente passada de pai para filho: Era comum que os “doutores” fossem filhos e netos de quem também atuava na área médica.
Com o acesso à educação sendo democratizado, quando o Estado passou a oferecer escolas para todos, sem segregação de gêneros ou classes sociais, esse cenário começou a se modificar e atualmente vemos o número de mulheres ocupando profissões antes reservadas somente aos homens e ocupando um lugar cada vez mais expressivo e de destaque no mercado de trabalho.
Mas a exclusão, fosse nos estudos ou no trabalho, e a dificuldade de ser inserido em diversos papéis da sociedade não foi u problema somente das mulheres. Por muitos anos os jovens sofreram, sendo limitados em suas possibilidades e muitas vezes deixados de lado pois eram as posições de destaque nas profissões eram reservadas as pessoas de mais idade. Era comum confiar-se mais no médico idoso do que num jovem, o que tornava mais difícil de conseguir-se um emprego ou a possibilidade de exercer a profissão.
Mas isso vem se modificando, jovens e mulheres devem ser a maioria na área médica nos próximos 10 anos e é sobre esse processo que falaremos a seguir.
Os números provam que a presença feminina no mercado de trabalho tem tido um crescimento constante nos últimos anos. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT),ela estão mais presentes nas vagas de emprego, embora ainda abaixo dos homens.
O ministério do trabalho do Brasil divulgou que, em 2007 elas representavam apenas 40,8% do mercado formal de trabalho. Dez anos após, esse número chega a quase 45%. Embora a presença seja maior, o crescimento se dá de forma lenta e os desafios para as mulheres continuam enormes.
Atualmente estamos mais acostumados a ver mulheres ocupando diversos cargos, nas mais variadas profissões. Mas esse cenário é relativamente recente. Durante séculos, o lugar que a mulher ocupou na sociedade sempre foi o de cuidados com a casa, com o marido e filhos, enquanto o marido saia para o trabalho e provia a casa.
As poucas mulheres que trabalhavam naquela época, portanto, eram as viúvas ou solteiras, pois muitas vezes elas precisavam garantir o seu próprio sustento. As principais atividades realizadas pelo sexo feminino eram, geralmente, culinária e artesanato.
Somente a partir da segunda metade do século 18, com o início da revolução industrial a mudança começou a acontecer a medida que as indústrias se fortaleciam e a demanda por mão de obra começou a crescer.
Mesmo com muitas ressalvas, salários inferiores aos dos homens e muitos problemas, a inserção da mulher no mercado de trabalho foi um fator decisivo para o processo – mesmo que muito lento – da emancipação da figura feminina e a conquista do acesso à educação formal.
Mas foi somente em 1887 o Brasil teve a sua primeira mulher formada no ensino superior. Foi nesse ano em Rita Lobato Velho Lopes graduou-se médica pela Faculdade de Medicina da Bahia. A mudança de paradigmas foi tamanha que foram necessárias alterações até mesmo na estrutura da universidade, que ainda não tinha banheiros femininos em seu prédio.
Ao longo das últimas décadas, foi possível perceber sinais de progresso em termos de igualdade entre os gêneros, tanto nas graduações e especializações quanto no mercado de trabalho. Mas mesmo assim, existe ainda uma grande diferença entre homens e mulheres quando se trata de oportunidade e qualidade de emprego.
Foi somente na década de 1970 que as mulheres começaram a ganhar uma posição mais expressiva no mercado de trabalho, atuando em cargos importantes e exercendo profissões essenciais para o desenvolvimento da sociedade. Elas eram, na sua maioria costureiras, professoras e trabalhadoras do comércio.
De lá até os dias de hoje, a presença de mulheres aumentou e passaram a ter novas ocupações, agora com maior destaque e protagonismo. Hoje em dia, por exemplo, elas exercem funções como engenheiras, advogadas e médicas.
Nas universidades, muito antes da pandemia do coronavírus, as mulheres já eram maioria nos cursos de medicina, apesar das dificuldades serem grandes. É sabido que muitas não têm condições e as cotas exclusivas para mulheres, assim como para negros, indígenas ou alunos da rede pública, não existem. O publico feminino disputa os espaços tanto acadêmico, quando no mercado de trabalho, com os homens e apesar das dificuldades seguem mostrando sua competência.
A chamada juventude, compreende indivíduos dos 15 aos 24 anos conforme definiu a Organização das nações unidas, porém ainda há muita divergência sobre isso, sendo que alguns acabam considerando jovens pessoas até 29 anos. O Brasil hoje conta com 49,95 milhões de jovens (considerando-se até 29 anos)
Assim como as mulheres, eles tiverem de lutar muito e buscar o seu lugar ao sol em relação a mercado do trabalho, pois os jovens sempre foram vistos com certo desprezo pela sociedade. Taxados muitas vezes como inexperientes, rebeldes, preguiçosos ou até mesmo pessoas sem grandes objetivos.
Mas isso foi mudando ao longo dos anos. Tendo grande atuação nos movimentos sociais e papel importante em movimentos políticos ao redor do mundo, eles foram ganhando respeito por seus feitos e voz diante da sociedade.
Mas ainda hoje eles encontram grandes dificuldades ao tentar ingressar no mercado de trabalho, uma vez que para a maioria das vagas se pede experiência prévia na função, mas não dão a oportunidade para que os novatos atuem e a adquiram.
Quando conseguem um emprego, acabam ganhando, em média, menos da metade do que ganham os adultos.
Assim como muitas áreas da sociedade, a medicina também tem a sua maioria de profissionais formada homens e um público, até então, mais velho.
A história do perfil de profissionais que atuam na área médica foi se modificando muito com o passar dos anos. Antes uma profissão reservada apenas para homens, ricos e por muito tempo passada de pai para filho, como uma herança. Onde dificilmente alguém que não tivesse família da área médica não conseguiria sequer ter acesso à formação, muito menos atuar como médico.
Com a democratização da educação foram derrubadas barreiras que antes impediam a presença feminina em muitas áreas da sociedade, inclusive o mercado de trabalho e as universidades. Hoje temos mulheres como grandes médicas, jovens fazendo história com descobertas e inovações, uma Universidade aberta a receber qualquer um que tenha o real desejo de atuar na área médica, sem segregação ou discriminação.
Com oportunidade para todos, o perfil de médicos, antes elitista, especificamente masculino e na grande parte das vezes de idade avançada, vem se modificando e, assim como as mudanças de publico nas universidades e mercado de trabalho, a área médica vem ganhando novos ares.
A sociedade só tem a se beneficiar com essa mudança. Tanto aqueles que tem o desejo de ingressar em um curso de medicina, pois veem o horizonte se abrir em uma área antes extremamente restrita, quanto os que recebem atendimentos desses novos profissionais que chegam, agregando ainda mais a esse grupo de profissionais tão importante e de papel essencial para todos.
Segundo a demografia médica brasileira de 2020, existem mais de 500 mil médicos no país. Essa crescente acompanha o crescimento populacional brasileiro dos últimos anos.
Atualmente, os homens ainda são maioria entre os médicos, com quase 55% do total. Porém, a participação das mulheres vem crescendo a cada ano. Em 1970, elas representavam 15,8% do total e hoje praticamente triplicou chegando a marca de 45,6%.
O sexo feminino já predomina entre os médicos mais jovens, sendo 57,4%, no grupo até 29 anos e 53,7%, na faixa entre 30 e 34 anos. A feminização da carreira médica fica nítida quando se analisa a evolução na distribuição por gênero nos últimos 10 anos, que começou a ganhar força e expressão em meados de 2009 e se concentra principalmente no estado de São Paulo, onde também se encontra a maior parte da população médica do Brasil com um quarto dos médicos atuantes.
Pesquisas demonstram que em 2004 as mulheres já eram maioria nas Universidades da área médica e desde 2009, dominam as inscrições nos CRMs. Estamos cada vez mais próximos de seguir a tendência das estatísticas populacional no Brasil, em que o publico feminino chega a representar mais de 51%. Em algumas áreas de especialidades elas já são maioria esmagadora, como a Dermatologia, onde elas representam 77,1%, e os homens somente 22,9%.
A tendência é termos, também, cada vez mais, médicos jovens. Se hoje a média da idade dos profissionais atuantes é de 45 anos, esse número que vem em queda desde 2009, deve cair nos próximos anos. O rejuvenescimento da Medicina no Brasil se deu, resultado do crescimento do número de cursos e vagas de graduações e consequentemente, devido principalmente ao ingresso de novos estudantes nos cursos de medicina o que culmina na entrada de muitos novos médicos no mercado de trabalho.
O perfil que se pode esperar são profissionais jovens, o que agrega muito a área médica. O vigor e a disposição em pesquisar, buscar inovações e muita vontade de fazer diferente, são típicos dos jovens e a medicina só tem a ganhar com essa renovação de ares. Quanto a onda de mulheres que vem ganhando essa área, elas agregam e muito. A presença feminina é essencial nas áreas médicas, inclusive gerando uma identificação e deixando as próprias pacientes mulheres mais à vontade.
Para se ter uma ideia da mudança já alcançada quando se fala da presença de jovens e mulheres no mercado de trabalho, basta olhar para a própria evolução da medicina. De acordo com dados da Demografia médica de 2018, as mulheres já representam 57,4% dos profissionais da área com até 29 anos.
Jovens e mulheres devem ser a maioria e dominar a área médica já na próxima década. É o que aponta o estudo feito pelo ministério da saúde, o ProvMed 2030. O avanço do público feminino vem se delineando no Brasil desde 2010, destaca a publicação, quando as mulheres já eram mais de 50% do total de profissionais nos cursos de medicina.
Isso mostra que não podemos nos prender aos estigmas. Se é o seu objetivo você deve persistir e buscá-lo, mesmo que isso represente nadar contra a maré. Veja o exemplo da Rita Lobato: Se ela não tivesse a ousadia de ser a primeira mulher a formar-se médica no país, não teria aberto as portas para as outras que viriam!
Se hoje o que você almeja é graduar-se na área médica, busque os meios para que isso se torne possível. Saia da caixa, do lugar-comum, mova-se para realizar. Muitas vezes se fazem necessárias grandes mudanças para que possamos alcançar nossa meta, mudança até mesmo de país.
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