Ao terminar os seis anos do curso de Medicina, chega a hora de tomar uma decisão muito importante para a sua carreira: Escolher a especialidade a seguir.
Esse é um momento muito importante na vida de qualquer médico e deve ser pensado bem antes de decidir qual rumo tomar profissionalmente. Aptidão, vocação, salário, mercado de trabalho, opções e oferta de vagas para formação… São vários fatores que influenciam nessa tomada de decisão.
A clinica médica é uma das especialidades que um profissional pode optar por seguir ao concluir o ciclo básico do curso. Vamos discorrer sobre as vantagens, necessidades e como ingressar nessa área.
O primeiro médico que qualquer pessoa deve procurar quando está com problemas de saúde, é o clinico geral, ou generalista, como também é conhecido que irá analisar a situação do paciente como um todo e então encaminhar para algum outro especialista, caso necessário.
Aqueles médicos que realizam a pós-graduação em medicina interna são especialistas. Através da experiência clínica e do conhecimento cientifico, buscam o diagnóstico, prevenção, tratamento e cuidados do paciente. Ele identifica sintomas, pode pedir e analisar exames, receitar medicamentos, encaminhar pacientes para especialistas adequados e tratar doenças que não necessitam de intervenções cirúrgicas.
Alguns países não exigem os anos adicionais da residência médica como complementação aos estudos do curso de graduação. Nesses países, também recebem o título de clinico geral, aqueles profissionais médicos que, mesmo sem cursar uma pós-graduação, fazem a opção de exercer a medicina com foco no cuidado do adulto.
Logo, não existe uma norma clara para o médico especializado em medicina interna em relação ao não especialista.
O bom senso e experiência individual são a ferramentas que vão limitar a responsabilidade sobre o nível de complexidade nos cuidados com o paciente. Sendo essencial a esse profissional a sensibilidade de saber a hora correta de encaminhar para um médico de outra área.
Esse profissional da Medicina possui um amplo conhecimento a respeito do funcionamento do corpo humano de um modo geral, trabalhando o conjunto. Dentre suas principais responsabilidades, está a acompanhar e diagnosticar possíveis problemas de saúde em seus pacientes.
A média salarial gira em torno oito mil reais por 24 horas trabalhadas, mas o valor de remuneração dependerá da instituição escolhida para trabalhar e também da área de atendimento escolhida, que como veremos a seguir, o clinico-geral pode atuar em diferentes frentes, o que impactará no seu salário.
É importante frisar, que são chamados internistas, aqueles médicos que são qualificados com formação pós-graduada em medicina interna, ou seja, os clínicos gerais.
Mas não devem ser confundidos com os “internos”. No Brasil, esta titulação se aplica aos estudantes dos dois últimos anos do curso de graduação em medicina. Ou seja, que estão no período do internato.
Já nos Estados Unidos, os internos são médicos já graduados, em seu primeiro ano de treinamento na residência médica.
A história da Medicina Interna e do médico generalista se mistura com a história da própria medicina, de um modo geral.
O termo medicina interna teve origem do termo alemão “Innere Medizin”. Popularizou-se no final do século XIX. Usa para descrever os médicos que associavam a ciência em laboratórios com o atendimento realizado em consultório.
Com as grandes guerras mundiais no início século XX, essa expressão se difundiu através de médicos que estudaram medicina na Alemanha e a levaram para outros continentes.
O século XX foi caracterizado por novos tratamentos biológicos e, a evolução da química, da genética e das tecnologias de laboratório e imagem. Elas promoveram o salto para a medicina moderna atual.
Entretanto, mesmo com toda tecnologia disponível, a capacidade de realizar um detalhado exame clínico, e interpretar os seus achados, mantém seu valor fundamental e permanece como atributo imprescindível para um bom internista.
O atendimento ambulatorial ou no consultório é uma das muitas opções disponíveis para a prática do médico internista.
Existe um grande movimento reafirmando a importância do atendimento ao paciente na esfera primária de complexidade. Com um sistema de saúde estruturado em um caráter mais preventivo do que curativo.
Nesse âmbito, o internista tem papel essencial no cuidado do paciente. Sendo, portanto, um grande gestor na promoção da saúde. Ele oferece uma visão integrada do paciente, restaurando e aprimorando a função dos antigos médicos da família.
O atendimento ambulatorial pode ser prestado no âmbito público ou privado.
Uma série de doenças de alta incidência e/ou prevalência constitui o núcleo da maioria das práticas ambulatoriais da medicina interna.
Elas vão desde enfermidades simples – como a gripe, a gastroenterite viral e as infecções do trato urinário – até os problemas mais complexos e crônicos – como diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, dislipidemia e hipertensão.
Muitos pacientes têm doenças multissistêmicas e necessitam de cuidados especializados. Por isso, é importante a atuação organizada e harmônica da equipe de médicos e outros prestadores de cuidados. Nem sempre esta organização é alcançada. São constantes as situações de equipes fragmentadas e desorganizadas, gerando condições confusas e frustrantes para os pacientes.
O internista bem formado, com habilidades de liderança, pode evitar ou pelo menos minimizar as dificuldades nestas situações confusas.
Rastreando medicamentos prescritos por outros médicos, monitorando as possíveis interações medicamentosas, acompanhando exames e/ou procedimentos realizados por subespecialistas e respondendo às suas recomendações, o internista orquestra o atendimento multidisciplinar. Assim, conduz o paciente com tranquilidade pelo complexo sistema de cuidados.
No sistema público, existe grande oferta de oportunidades. Programa de saúde da família (PSF), por exemplo, especialmente nas áreas mais distantes dos grandes centros urbanos
Uma dificuldade dos médicos que almejam iniciar as suas empresas é a obtenção de cadastramento para atender convênios de saúde. Por isso, é uma prática comum os médicos terem seus serviços terceirizados. Assim, clínicas privadas detêm os privilégios de convênios.
A rotina ambulatorial do internista não demanda a utilização rotineira de equipamentos de alto custo. Além disso, o investimento para se iniciar um serviço privado é relativamente baixo, em comparação com outras especialidades médicas.
Se você busca por altas emoções e uma rotina que jamais será monótona ou entediante, seu lugar é na emergência. Sendo a porta de entrada do paciente no hospital, o médico generalista atuará na linha de frente, recebendo os pacientes, avaliando-os e realizando os primeiros cuidados, para depois, então, encaminhá-los para outra especialidade, caso necessário. A implementação da residência em emergências médicas ainda não foi estruturada no Brasil. Por isso, a grande maioria dos serviços de emergência de clínica médica funciona com clínicos gerais, internistas e subespecialistas no atendimento dos pacientes não cirúrgicos com enfermidades agudas.
Geralmente, os internistas trabalham em regime de plantão e são remunerados pela hora de trabalho.
O nível de estresse acaba sendo maior do que comparado ao atendimento ambulatorial ou no consultório, por exemplo, pois está lidando com um eminente risco de morte. Os serviços oferecidos pela instituição vão determinar as doenças e complexidades que serão atendidas com maior frequência.
O clinico-geral cujo foco profissional principal é medicina hospitalar é recebe o nome de hospitalista.
Essa área de atuação já é bem expressiva em países como Estados Unidos e Canadá, e vem crescendo bastante no Brasil.
A rotina desse profissional é basicamente realizar atendimento aos pacientes e atividades de ensino e de pesquisa. Além disso, é importante destacar a função de liderança relacionada com a prestação de cuidados de base hospitalar.
Assim como nos atendimentos da emergência, geralmente clinico geral que atende como hospitalista é contratado por uma instituição e trabalha mediante regime de plantão. Por isso, tem carga horária e rotina variáveis.
É importante ressaltar de que a continuidade do atendimento ao paciente é um dos fatores que impulsionam a posição desse médico. O que acarreta muitas horas e em dias consecutivos de trabalho.
Mas, durante seu período de descanso fora do hospital, outro médico assume o cuidado daqueles pacientes. Tendo assim, o hospitalista, maior privacidade no seu tempo fora do trabalho.
Diferente do plantonista, que somente atende por intercorrências do paciente hospitalizado, ao médico generalista que atua no hospital, realização uma integração com as recomendações dos demais profissionais envolvidos e oferecer ao paciente, em uma linguagem acessível e unificada, as opções e alternativas do seu tratamento.
O clinico-geral pode ser o responsável direto pela admissão de pacientes no hospital quando estes ficam doentes e buscam atendimento hospitalar. Além disso, pode ser consultado para oferecer as suas recomendações em pacientes admitidos por outra subespecialidade, mas que demandam o manejo de condições clínicas paralelas que levaram a hospitalização.
Por exemplo: um paciente admitido pela ortopedia para uma artroplastia que necessita do manejo do diabetes, fibrilação atrial ou insuficiência renal durante a hospitalização.
Uma boa parte dos médicos que se tornam especialistas em medicina interna acaba seguindo também outra especialidade. Se pensarmos no aspecto prático, a residência de medicina interna pode abrir portas em situações pontuais, pois oferece ao estudante a experiência e o conhecimento para cuidar melhor dos seus pacientes.
Como citado anteriormente, na visão popular, tanto internista quando o médico sem pós-graduação é tido como clínicos gerais, o que é um grande engano. Associando esta questão com a possibilidade de uma melhor remuneração, poucos cursam somente a residência de clínica médica.
Atualmente, esta é quase que exclusivamente uma grande ponte para as múltiplas especialidades.
O primeiro passo para se tornar um clínico geral é concluir o curso de graduação em Medicina, que dura, na média, em torno de seis anos. Apesar de ser comum encontrar quem acredite que um clínico geral é um médico que não se especializou, essa concepção está totalmente errada. O profissional precisa ter residência em Clínica Médica (também chamada em alguns locais de Medicina Interna) para obter os conhecimentos necessários em seu cotidiano de trabalho. São pelo menos mais dois anos de estudo aprofundado na especialidade
O clínico geral que deseja atuar na saúde pública precisa prestar um concurso ou passar por um processo seletivo realizado por prefeituras, governos estaduais e federais ou instituições responsáveis pelas unidades de saúde. Experiência e títulos de pós-graduação, mestrado e doutorado costumam contar mais pontos e ajudam na classificação nos concursos mais concorridos e com melhores salários.
O programa de residência em medicina é uma modalidade de ensino de pós-graduação médica sob a forma de curso de especialização.
Portanto, tem por característica o treinamento realizado sob a orientação de profissionais médicos especialistas. O objetivo principal desse programa é o treinamento teórico e prático do residente, de modo que ele se aperfeiçoe no atendimento a pacientes clínicos em ambiente hospitalar e ambulatorial.
As atividades dos residentes devem ser supervisionadas pela preceptoria da residência médica e pelos médicos que compõem as diversas equipes dos serviços.
A residência de clínica médica é de acesso direto, ou seja, não existem sem pré-requisitos. Sua duração média é de dois anos, com carga horária de 60 horas semanais. As atividades da residência são distribuídas em atividades ambulatoriais, de emergência, hospitalares, rodízios em especialidades, atividades acadêmicas e de pesquisa.
Quando se trata da medicina interna, o treinamento é muito intenso. O estudante tem que bancar o como detetive, em muitas situações, buscando por pistas para desvendar um diagnóstico que não está claro.
Tornando-se necessário desenvolver uma rotina de estudo, logo que o conteúdo que envolve a clínica médica é muito extenso.
As evidências que suportam as condutas são dinamicamente revisadas e estão sempre sendo atualizados. A prática da medicina baseada em evidência deve ser o motor que impulsiona esse residente.
Ao avaliar a instituição onde se pretende fazer prova de residência, deve-se pesquisar a formação dos seus preceptores; se há a exposição aos pacientes com diversos níveis de complexidade e acesso a especialidades; se há emergência e um serviço de referência estruturado; a existência de uma integração de todos os setores que oferecem o cuidado ao enfermo (como enfermagem, serviço social etc.); recursos e disponibilidade de técnicas modernas de laboratório e imagem; oportunidade para pesquisa e extensão e, principalmente, a prática rotineira da medicina baseada em evidencia.
O curriculum tem flexibilidade entre as instituições de ensino. Em todas, porém, o maior número de rodízios é na unidade de internação.
Muitas vezes, também chamadas de “enfermaria”, nela os residentes passam cerca da metade do período de residência. Os outros rodízios são distribuídos entre sala de emergência, especialidades, unidades básicas de saúde, unidades de terapia intensiva e pesquisa.
Muitas vezes, os próprios residentes identificam suas limitações e optam por rodízios em determinadas especialidades para suplantar estas deficiências.
Entretanto, cabe a preceptoria e coordenação de cada residência a responsabilidade de monitorar de maneira objetiva (provas) e prática (rotina das enfermarias e cuidado com os pacientes) as áreas onde haja deficiências do conhecimento de cada residente.
Em comparação com médicos que concluem os cursos de residências com acesso direto (ex: dermatologia, oftalmologia, radiologia) ou que se subespecializam, é muito baixa a proporção de internistas que optam por fazer a prova de título de especialista para clínica médica.
Procure por instituições renomadas e que possuam boa reputação. Na Argentina, por exemplo, 13 universidades figuram entre as melhores do mundo no QS World University Rankings, uma avaliação das melhores universidades do mundo, de 2020, incluindo as que oferecem o curso de medicina.
Dentre elas estão a Universidade de Buenos Aires- UBA, Plata – UNLP, Universidade Nacional de Rosário- UNR (que, inclusive foi a primeira instituição argentina a receber um prêmio por excelência educacional.) Excelentes opções para aqueles que desejam seguir a carreira médica.
Se você já se formou e está pensando em se especializar na área da clinica médica, é importante saber que ela é talvez a mais cerebral de todas as especialidades, por exigir um alto nível de pensamento crítico.
Há sempre casos que requerem uma organização mental para a solução de problemas e interpretação de sinais, sintomas e pequenos detalhes. Internistas são, intelectualmente, médicos curiosos.
Desenvolver a capacidade de refletir é muito importante, bem como de questionar e de fazer perguntas pertinentes durante o processo de diagnóstico diferencial e na adoção de condutas.
É importante refletir também acerca das possibilidades que surgem e como aproveitá-las pode acelerar e alavancar sua carreira médica. Como escolher instituições que desburocratizaram o acesso a educação e tornaram o caminho mais rápido e fácil. É o caso das instituições Argentinas, que possuem grande reputação no ensino de medicina e têm o acesso aos seus cursos facilitados e sem vestibulares, além de preços muito mais acessíveis se comparados a outros lugares do mundo como EUA e Brasil.
Se o seu interesse é ingressar na medicina, e ainda está ponderando sobre qual caminho tomar; se tem dúvidas acerca dos processos seletivos, instituições e como tornar realidade a tão sonhada carreira médica, fale conosco!
A Vive en Buenos Aires tem uma equipe pronta a te atender e te ajudar. Temos quase duas décadas de mercado e atendemos mais de 13 mil clientes. Cuidamos de tudo, para que você possa ingressar na universidade com segurança e tranquilidade.
Venha você também, e descubra que o seu sonho pode estar mais perto e muito mais fácil de realizar do que você imagina.