Fazer faculdade no exterior é o sonho de muitos brasileiros e, para muitos deles, os Estados Unidos são o primeiro destino que vem à mente, afinal, é lá que estão algumas das mais conceituadas instituições do mundo, como a Universidade de Harvard, a Universidade de Stanford e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts. O que muita gente não sabe é que fazer uma graduação nos Estados Unidos é totalmente inviável para brasileiros que querem estudar Medicina.
Nos EUA, o processo de seleção das universidades é muito mais abrangente que o brasileiro porque elas fazem uma avaliação holística. Nesse processo, o perfil do aluno será analisado como um todo, através de histórico escolar, cartas de recomendação, redações, atividades extracurriculares como trabalhos voluntários, iniciativas empreendedoras, desenvolvimento de projetos e até a prática de esportes.
Dessa forma, o processo de candidatura, que recebe o nome de application, inclui a apresentação de documentos que comprovem o desempenho acadêmico do candidato nos últimos quatro anos da escola, os resultados em provas de conhecimento geral como SAT (Scholastic Assessment Test) e ACT (American College Test), a comprovação de proficiência em inglês e de atividades extracurriculares, além de cartas de recomendação e redações. Em algumas universidades, até entrevistas podem fazer parte do processo. Com a documentação em mãos, o aluno deve submetê-la às universidades para as quais deseja se candidatar e não há limites para isso.
Essa avaliação holística que as universidades americanas fazem exige que o aluno comece a se preparar para estudar nos EUA muito antes de concluir o Ensino Médio no Brasil. Mas não é isso que torna inviável o desejo de estudar Medicina na terra do Tio Sam. A questão é que o curso de Medicina nos Estados Unidos é um curso de pós-graduação equivalente a um doutorado, ou seja, os médicos lá formados são doutores no sentido estrito da palavra.
Assim, para estudar Medicina em uma faculdade norte-americana, o estudante deverá já ter uma graduação. Não existe um curso específico exigido, mas é preciso que se tenha cumprido algumas disciplinas obrigatórias. O que muitos candidatos fazem é cursar um bacharelado qualquer e, simultaneamente, fazer o chamado pre-med, que nada mais é que as disciplinas obrigatórias para o ingresso no curso de Medicina. Nos EUA, os universitários têm bastante liberdade para montar a sua própria grade curricular, escolhendo as matérias disponíveis de acordo com seus objetivos futuros e planos profissionais.
Muita gente se pergunta se uma graduação feita no Brasil permitiria o ingresso no curso de Medicina nos Estados Unidos. A resposta é sim, mas isso não livra o candidato da necessidade do pre-med. Mesmo que o curso feito no Brasil tenha todas as disciplinas obrigatórias, a grande maioria das faculdades de Medicina norte-americanas exige que o candidato faça pelo menos um ano de preparação em uma universidade norte-americana.
Garantido o bacharelado, o processo de candidatura ao curso de Medicina é muito parecido com o que se faz para os cursos graduação: cartas de recomendação, exame de proficiência, redações, experiências acadêmicas e profissionais, e, principalmente, as notas no MCAT (Medical College Admission Test), que substitui o SAT ou ACT.
O curso de Medicina tem duração de quatro anos, mais o período de residência, que pode ser de três a sete anos. Dessa forma, para a formação de um médico nos Estados Unidos, são necessários, no mínimo, de 11 a 15 anos. E se tempo não for problema, dinheiro pode ser: o custo médio anual de um curso de Medicina para estrangeiros é de cerca de US$ 60 mil, independentemente de ser instituição pública ou privada. Sim, o ensino superior nos EUA, seja público ou privado, é pago. E o valor anual, muitas vezes, precisa ser pago à vista.
Além disso, as chances de um estudante estrangeiro conseguir algum tipo de bolsa de estudo são praticamente nulas. As possibilidades de financiamento pelo governo americano também são restritas a cidadãos americanos ou canadenses, ou exigem fiadores com essas nacionalidades.
Não bastassem todos esses empecilhos, tem ainda a altíssima concorrência: assim como no Brasil, para estudar Medicina nos Estados Unidos, é preciso superar um número de candidatos muito superior ao de vagas. Para estudantes estrangeiros, a situação é ainda mais complicada, já que apenas uma parte das universidades de Medicina disponibiliza vagas para estudantes estrangeiros e, quando elas existem, o número é pequeno. Ou seja, candidatos do mundo todo concorrem por um número mínimo de vagas.
Não se pode dizer que estudar Medicina nos EUA é um projeto impossível, mas é bastante inviável. Além de levar um tempo muito longo, os custos são altíssimos e as vagas são tão, ou mais, concorridas que no Brasil. Isso não quer dizer que o sonho de estudar Medicina fora do país é irrealizável. A Argentina apresenta uma série de vantagens, como a qualidade mundialmente reconhecida de seu ensino superior, a ausência de vestibular, faculdades totalmente gratuitas, inclusive para estrangeiros, ensino superior privado com valores muito acessíveis, entre outras.
A Vive em Buenos Aires existe porque estudar Medicina na Argentina é a melhor opção para brasileiros que buscam uma formação fora do país. Entre em contato conosco!