Depois de mais de dois anos do início do surgimento do Coronavírus, ainda vivemos em meio a pandemia e sofremos os reflexos e restrições causados por ela. Mesmo com países já aplicando a 4ª dose das vacinas na população, uma quarta onde do vírus de levantou e atingiu o mundo todo. Após passarmos por 4 variantes: Alpha, Beta, Gamma e Delta, uma quinta variação do vírus surge e assusta a população com novos sintomas e uma taxa de transmissão ainda maior.
A Ômicron tem lotado hospitais ao redor do mundo e levou países, como a Inglaterra, a considerarem um novo lockdown. A América do Sul tem mantido as flexibilizações que haviam sido feitas após o inicio e avanço das vacinações e ainda não endureceu as medidas após a detecção dos casos de Ômicron no continente.
No Brasil, eventos de grande porte e aglomeração como blocos de rua e em algumas cidades até mesmo o desfile de carnaval, foram cancelados como medidas preventivas frente a essa nova onda de casos.
A variante do Sars- Cov também já chegou na Argentina e tem sido motivo de cuidado e precaução por parte do governo, tomando medidas para que o sistema de saúde não colapse e a população seja preservada com o mínimo de impacto possível para as atividades comerciais e consequentemente, para a economia.
Mas como surgiram, quais os sintomas e como se prevenir, são algumas perguntas que tem permeada a cabeça das pessoas, além do medo: Será uma nova pandemia? Existe a possibilidade da Argentina e dos países da América do Sul enfrentarem novamente um lockdown com restrições severas
Como ela surgiu:
Uma situação que parece não ter fim: Mesmo com a vacinação avançada, surgem novas variantes da COVID- 19. A responsável pela última onde foi a ômicron – 15ª letra do alfabeto grego, que foi escolhido, assim como as outras variantes para denominar as variantes de interesse (VOI) e as variantes de preocupação (VOC) – e pesquisadores de todo o mundo estão trabalhando arduamente para encontrar respostas sobre as propriedades dela de onde ela vem.
Mesmo com poucas informações ainda, já se tem certeza de uma coisa: a ômicron é perigosa. Por conta de suas cerca de 50 mutações na proteína spike, a qual o patógeno usa para penetrar nas células humanas, a variante ômicron as vacinas existentes não reconhecem a variante com facilidade, e ela acaba escapando em grande parte da resposta imunológica. Logo, mesmo as pessoas imunizadas podem ser contaminadas com a ômicron
Existem algumas teorias acerca de onde ela surgiu efetivamente: O virologista-chefe do hospital universitário Charité, de Berlim, Christian Drosten, defende a tese que ela pode ter se desenvolvido em uma população isolada onde o vírus já circulava há muito tempo. Onde muitos já haviam sido infectados e se recuperaram sem que isso fosse percebido por testes e sequenciamento.
Uma segunda teoria acredita que ela pode ter se desenvolvido em um paciente com covid-19 cronicamente infectado, provavelmente alguém cuja resposta imunológica estava comprometida por outra doença (como câncer ou HIV) ou medicamento. Pois nessas pessoas o corpo luta mais contra o vírus. O vírus, por sua vez, tem mais tempo para desenvolver mutações a fim de escapar da resposta imune.
Já uma terceira linha fala da possibilidade da variante ter origem animal, assim como o tipo original do coronavírus que surgiu há dois anos em Wuhan: O vírus pode ter se escondido em algum animal e se desenvolvido nesse organismo, espalhando-se para os humanos, posteriormente. Essa teoria ganha força pelo fato de que já foi suficientemente provado que certos animais também são suscetíveis ao coronavírus. Outro fator nos animais o vírus enfrenta pressões evolutivas totalmente diferentes se comparado aos seres humanos, o que poderia explicar as muitas mutações novas e até mesmo únicas na ômicron.
A nova variante está se espalhando muito mais rápido que as anteriores, porém, tem atingido a população de forma mais branda: A principal diferença é os sintomas são mais leve e menos graves.
Outra grande diferença nos sintomas do vírus original, descoberto no final de 2019, para essa nova variante, é que não há perda de olfato ou paladar – um dos sintomas mais característicos do Covid – porém tendem a ter espirros e dor de garganta, sintomas estes mais raros na primeira cepa.
Essa nova variante, porém, é altamente contagiosa, o que tem preocupado os especialistas. Gerando uma onda gigantesca de novos casos e lotando hospitais e pronto-atendimentos, o número de internações não é alarmante, porém gera preocupação na população e inspira cuidados por parte das autoridades competentes, o que nos leva ao nosso próximo tópico.
Existem, basicamente, 3 principais motivos por quais o ômicron se espalha tão rapidamente:
– Esta variante do vírus desenvolveu mutações que permitem a ela aderir mais facilmente às células humanas;
– Temos “escape de imunidade”. Ou seja, as pessoas podem ser reinfectadas mesmo que tenham tido a doença anteriormente ou tenham sido vacinadas;
– A ômicron se replica no trato respiratório superior, facilitando a propagação do vírus, diferentemente da delta e de outras variantes que se replicam principalmente no trato respiratório inferior — isto é, nos pulmões.
Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido sugerem que a ômicron pode ser entre duas e mais de três vezes mais contagiosa que a delta, apesar de ser muito difícil ainda, mensurar a taxa de transmissibilidade.
Os CDC’s (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA ) afirmam que existe a probabilidade que a ômicron se espalhe com mais facilmente do que o SARS-CoV-2, vírus original causador da covid-19, mas que ainda não se pode ter exatidão dessa informação.
É importante destacar que mesmo uma pessoa vacina e sem sintomas, possa espalhar o vírus da nova variante.
Diante disso, surge a próxima questão:
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) informou que as infecções por covid-19 nas Américas quase dobraram na última semana, devido à ômicron, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que metade da população na Europa terá sido infectada com a variante ômicron em um prazo de 6 a oito semanas.
Pelo fato das infecções estarem acelerando em todos os cantos das Américas, mais uma vez, os sistemas de saúde enfrentam desafios.
Apesar da alta taxa de transmissão e do momento delicado devido ao aumento expressivo de procura por atendimentos médicos, as taxas de internação não subiram além da média. Grande parte dos que necessitam de atendimento, não precisam ficar hospitalizados, e mesmo com a explosão do número de casos da variante em todo mundo, ela apresenta quadro mais leves e com menor taxa de internações em UTI e óbitos quando comparadas as outras como a delta e a gamma.
Ainda sim, existe uma grande procura de atendimentos primários de saúde e mesmo com baixa necessidade de hospitalizações, os hospitais e prontos atendimentos ficam lotados diariamente, de pessoas com sintomas de síndrome gripal.
Circulou, inclusive que essa última onda, a mais contagiosa, representaria o fim da pandemia. E mesmo que os sintomas sejam mais brandos, existe a possibilidade de um colapso no sistema de saúde, pois podem faltar insumos e profissionais por conta da alta demanda.
Então, se por um lado podemos respirar um pouco mais aliviados, pois essa variante não se manifesta de forma tão grave e a vacinação avança a passos largos, inclusive tendo boa parte da população já sido imunizada com a terceira dose e a Argentina ser um dos primeiros países a começar a imunização de crianças, o momento ainda inspira cuidados devido a alta taxa e rapidez de transmissão desse vírus.
A pandemia ainda não acabou, mas cientistas e estudiosos estão confiantes que estamos caminhando a passos largos para o fim. Ainda sim é necessário manter os cuidados e medidas de prevenção.
Embora o número de novos casos na Argentina esteja em um recorde, a ocupação de unidades de terapia intensiva e as mortes permanecem baixas e os líderes da América Latina estão considerando uma nova forma de tratar a doença: não mais em busca de eliminá-lo, mas buscando alternativas para conviver com ele, tratando o Covid-19 como uma doença endêmica, como a gripe.
Considerando que especialmente os mercados emergentes foram os mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia e pelo lockdown, não se cogita mais medidas duras de isolamento como as do começo da pandemia em meados de 2020. Realização maciça de testes, exigência de vacina para entrar em eventos, comprovante de vacinação também para viagens e manutenção do protocolo sanitário, devem ser basicamente as medidas que serão adotadas e mantidas no futuro próximo.
Com o avanço da imunização e a queda no número de óbitos, não devemos sofrer com novas restrições. Pelo contrário, inclusivo o governo Argentino flexibilizou as normas de isolamento para quem recebeu dose de reforço da vacina.
Com mais de 80% da população vacinada com pelo menos uma dose, a ministra da saúde da Argentina, Carla Vizzotti, diz que esta é uma etapa completamente diferente da onda anterior, por conta do número de pessoas imunizadas.
Quem tiver tomado três doses da vacina e não apresentar sintomas será isento de fazer isolamento, caso tiver tido contato próximo com um caso positivo. Até agora, estas pessoas deviam se isolar por cinco dias.
Os não vacinados, os que receberam uma dose ou os que foram vacinados antes de agosto deverão se isolar por dez dias se tiverem tido contato próximo com infectados. Os vacinados com duas doses só terão que se isolar e fazer testes entre três e cinco dias.
Isso atende a uma preocupação pela falta de profissionais não só na indústria, mas também nos equipamentos de saúde.
“Ao invés da preocupação por leitos de terapia intensiva, nos preocupa o absenteísmo no trabalho”, afirmou a ministra da saúde, justificando a diminuição dos períodos de isolamento.
Com o crescimento do número de casos da nova variante (a Argentina é o país da América Latina com mais novos casos de Covid-19, sobretudo da variante ômicron, proporcionalmente à sua população de 45 milhões de habitantes.), a melhor prevenção ainda é a vacinação e as medidas sanitárias.
O país já vacinou 85% da população com a 1ª dose e quase 75% com a imunização completa. Foi distribuído por todo o território argentino, mas de 1 milhão de doses da vacina contra o Covid-19 e o empenho agora, é vacinar aqueles que ainda não receberam nenhuma dose.
Além disso, manter as medidas e higiene como lavar as mãos constantemente e o uso álcool em gel, respeitar o distanciamento social, evitar aglomerações, manter os ambientes sempre ventilados e utilizar a máscara corretamente, continuam sendo a melhor formar de se prevenir diante dessa variante que contamina até 75 vezes mais rápido que o vírus original do Covid-19.
O governo tem adotado medidas para incentivar e garantir a vacinação da população: Intensificando as aplicações, disponibilizando doses de reforço e adotando o passaporte sanitário.
Desde 1º de janeiro de 2022, todas as pessoas maiores de 13 anos que frequentam atividades de “maior risco epidemiológico e sanitário” devem comprovar o esquema de vacinação completo contra a Covid-19.
A medida também estabelece que a vacinação deva ter sido aplicada com no mínimo 14 dias de antecedência.
Devido ao aumento de casos e o surgimento da variante, o governo fez algumas alterações para os viajantes que buscam ingressar no país por via aérea, marítima ou terrestre.
A mudança mais significativa, é que entre o 3º e o 5º dia de viagem é obrigatório realizar um novo teste de Covid-19.
As outras condições são basicamente as que já vinham sendo aplicadas: Maiores de 18 anos devem apresentar comprovante de vacinação completa há no mínimo 14 dias, preenchimento de declaração juramentada com 48 horas de antecedência e seguro de vida.
Apesar de assustar num primeiro momento, não corremos o risco do sofrer tantas consequências limitações nessa variante quanto em relação ao vírus do Covid-19 e a variante Delta, por exemplo, quando enfrentamos um aumento não só no número de casos, mas também de internações e mortes.
Essa onda veio mais fraca, e tem sido possível “nadar” nela, desde que se mantendo os cuidados e seguindo os protocolos que são velhos conhecidos de todos nós.
Se estava nos seus planos viajar para a Argentina, pode ficar tranquilo. Os países estão cuidando para conter os casos, mas novas restrições não estão sendo impostas, apenas medidas de contenção do avanço da pandemia.
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