Mais comemorada do que um título de copa do mundo, a vacina para o Covid-19 gerou expectativa e esperança em todo o mundo. Iniciada em dezembro do ano passado no Reino Unido, a vacinação foi acompanhada de perto por todos, aguardando com ansiedade pela sua vez.
Pouco a pouco a produção de vacina foi agilizando e as previsões, antes pessimistas, foram se tornando promissoras e a cada dia, milhares de pessoas são imunizadas.
O dia em que a Terra parou literalmente aconteceu. E se estendeu, por muito mais do que imaginávamos. O isolamento social nos afastou das atividades cotidianas e durante esses mais de 5oo dias de pandemia, passamos por altos e baixos: Hora o retorno a normalidade parecia estar próximo, hora mais longe do que nunca.
Tão logo o vírus foi tomando proporções mundiais, a corrida em busca de uma vacina eficaz também se iniciou ao redor do mundo. Laboratórios de todos os países se empenharam em produzir com o máximo de rapidez o antígeno para o coronavírus. E superando todas as expectativas, iniciou-se em julho de 2020 o período de testes dos imunizantes desenvolvidos.
No final do ano passado, a vacinação começou em vários lugares do mundo e ganhou ritmo no início desse ano. Com as quedas nos números de internações e óbitos, aliadas ao crescente número de pessoas vacinadas, a perspectiva de um retorno a normalidade foi ganhando o horizonte.
Ainda se mantendo os protocolos sanitários, como uso de máscaras, distanciamento social, aferição de temperatura e higienização constante das mãos, as atividades foram sendo retomadas, comércios reabertos e a sensação de que as coisas estavam retomando seu ritmo normal foi tomando conta de todos.
Apesar de serem praticamente as últimas atividades a serem autorizadas, o ensino presencial já está acontecendo em todo o mundo, com protocolos e condições diferentes.
Nos ciclos básicos da educação, a rotina de estudos já é praticamente a mesma de antes da pandemia: Aulas presenciais com algumas precauções e limitações.
Já o ensino superior vive a polêmica: autorizar a retomada das aulas presenciais apenas após a vacinação completa seria prudência ou exagero? Há uma perspectiva para que isso aconteça em breve? Para quando os estudantes podem esperar ver os campus reabertos?
Como está a corrida da vacina, quais serão os protocolos a serem seguidos e se podemos esperar um retorno presencial ainda para esse ano, são algumas das questões que responderemos.
Uma verdadeira maratona se iniciou junto com a pandemia: a corrida em busca de um imunizante eficaz, movimentou laboratórios e se tornou o objetivo de inúmeros cientistas ao redor do mundo.
No dia 13 de julho de 2020, pouco mais de seis meses após o anúncio do primeiro caso de covid-19, a Rússia anunciou a conclusão de parte dos testes clínicos necessários para comprovar a eficácia da imunização de uma vacina contra o coronavírus desenvolvida por iniciativa do governo.
Esse processo de produção das vacinas pôde ser feito de forma tão ágil porque apostou-se em novas tecnologias de desenvolvimento, capazes de abreviar o tempo exigido em algumas etapas do processo. A emergência causada pela pandemia também levou agências reguladoras a aceitarem períodos mais curtos para os testes exigidos.
Em menos de um ano tivemos mais de 200 imunizantes em teste e 14 que já estavam sendo aplicados ao redor do mundo.
A produção de uma vacina contra o coronavírus bateu recorde de menor tempo para ser produzida. Até então, a vacina que ocupava o posto de mais veloz era a da caxumba, que levou quatro anos para surgir, nos anos 1960, quando a fase de testes era mais simples e curta.
A do ebola, mais recente e feita de acordo com os protocolos atuais, levou cinco anos.
A situação de risco eminente e o número crescente de contaminados, internações e óbitos, fez com que os investimentos em vacinas, que outrora aconteciam de forma cautelosa e lenta, fossem agilizados e intensificados. Dessa forma, foi possível avançar rapidamente. Nunca se viu tantas empresas farmacêuticas envolvidas em uma vacina.
Isso sem falar no empenho dos pesquisadores, que trabalharam dia e noite de forma incansável e o aporte financeiro que ajudou a tirar do anonimato tecnologias novas que tornou o processo mais simples e ágil.
O cenário de surto ajudou a apressar a corrida, mas além disso, algumas especificidades do novo coronavírus tornaram o caminho mais curto. Uma delas é que a taxa de mutações do Sars-Cov-2 é baixa. Elas acontecem, mas não a ponto de atrapalhar a vacina.
Os pesquisadores também não gastaram tanto tempo para descobrir qual parte do agente precisava ser neutralizada para impedir sua disseminação no corpo. Existe uma proteína específica no Sars-Cov-2 que se liga às células do nosso organismo. É a chamada espícula ou spike. Esse é o alvo das vacinas. E, por pura sorte, foi bem fácil identificá-la. Além do fato de a comunidade científica trabalhar em conjunto, houve um compartilhamento de resultados entre os cientistas nunca visto antes.
Graças a todos esses fatores, hoje existem 14 imunizantes contra a Covid-19 aprovados no planeta, como os da Pfizer/BioNTech e da Oxford/Astrazeneca. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 91 em fase clínica, ou seja, já estão sendo testados em seres humanos. No estágio anterior, com a pesquisa ainda em laboratório ou usando animais, o número é de 184.
O primeiro país sul-americano a vacinar, foi o Chile em 24 de dezembro de 2020,seguido pela Argentina que ocorreu no dia 29 de mesmo mês.
Desde então, a América do Sul avança em um bom ritmo de imunização da população, ficando atrás apenas da América do Norte e alguns países da Europa. Os países latinos superam a média mundial de vacinação
O Brasil já passou os 60% de imunizados com a primeira dose e os vizinhos como a Argentina superam os 50% da população vacinada. Já o Paraguai é o país com a pior taxa de vacinação entre os países sul-americanos que divulgam os índices de imunização, sendo palco de protestos por parte da população, acusando o governo de má gestão durante a Pandemia.
Em relação a vacinação completa, o Brasil já tem mais de 28% da sua população completamente imunizadas. O que significa que mais 60 milhões de pessoas já receberam as duas doses ou a dose única da vacina.
Nos países onde já se aplicou ao menos uma dose em grande parte da população, os números do Covid-19 vem caindo dia a dia, criando assim expectativas de uma retorno a normalidade, que vem acontecendo gradativamente.
Apesar da desigualdade nos números de vacinação ser grande dentro do próprio continente (o Chile já começa a aplicar a 3ª dose da vacina na população idosa enquanto a Venezuela tem apenas 11,7% de pessoas que receberam a vacinação completa), a América Sul tem sido resultados promissores e a pandemia passa por uma etapa controlada, mesmo durante o inverno, período em que as doenças respiratórias mais aparecem e são a causa de números crescentes de internações, principalmente na população idosa.
O avanço da vacinação em massa, está trazendo a perspectiva de abertura das fronteiras. O Uruguai afirma que a partir de setembro ocorrerá a abertura gradual para os vacinados. Da mesma forma deve proceder a Argentina.
E não devem haver conflitos em relação à validação de vacinas, já que o órgão regulador da Argentina, no caso a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (ANMT), aprovou praticamente todas as vacinas que estão circulando a nível global.
Logo que o estado de Pandemia foi decretado as universidades fecharam suas portas e começou a saga por encontrar um meio para manter suas atividades sem prejudicar o aproveitamento dos alunos. Aulas a distância, conteúdos online, ensino híbrido. Foram várias as alternativas adotadas pelas instituições para se manterem na ativa.
Algumas dessas medidas foram muito bem-aceitas, tanto por alunos quanto professores, como a oferta de determinados conteúdos de forma online. Mas permaneceu a expectativa de quando as aulas presencias seriam retomadas.
Seguindo sempre as orientações das autoridades sanitárias e de saúde, as universidades permaneceram com a grande maioria dos cursos de forma exclusivamente on-line, com exceção apenas das aulas práticas dos cursos da área médica que se manteve sempre de forma presencial.
Em agosto de 2020, o estado de São Paulo autorizou a retomada das aulas presenciais de cinco cursos: medicina, farmácia, odontologia, fisioterapia e enfermagem, pois foi considerado interesse público que essas áreas não tivessem sua formação interrompida ou adiada.
No início deste ano, as universidades federais retornaram de forma remota, com exceção anos finais de cursos que exigem aulas práticas ou estágios, como os da área de saúde.
Já nas universidades particulares, a definição sobre o método de ensino, se seria remoto ou presencial, dependeria da situação local da pandemia, conforme declarou a Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes).
De um modo geral, os alunos não viam necessidade do retorno presencial e nem sentiam-se seguros para retornar aos campus sem estarem completamente imunizados.
Com o avanço das vacinações no Brasil, as aulas presenciais foram sendo liberadas, do ensino infantil, ao superior, desde que se respeitasse o distanciamento, uso de máscara e higienização constante das mãos. E no caso das Universidades, com o limite de 60% do total de alunos, excetuando-se dessa regra os cursos da área da saúde, incluindo também Saúde Coletiva, Saúde Pública e Medicina Veterinária.
No caso dos países vizinhos, como a Argentina, por exemplo, eles alegam que uma das dificuldades em relação ao retorno das aulas, são as diferenças regionais no combate à pandemia.
A plena segurança sanitária da comunidade é um item definidor para o retorno às atividades presenciais Eles preveem que para a retomada das aulas presenciais em faculdades, institutos, centros universitários e universidades, primeiramente todos os membros da comunidade acadêmica tenham recebido a vacinação completa – alunos, profissionais administrativos, equipes de limpeza, professores.
Apesar da polêmica, nota-se de muitos alunos uma tranquilidade em relação ao retorno presencial. Uma boa parte está satisfeito com o atual modelo adotado pelas universidades e a forma como elas encontraram para lidar com as restrições impostas devida a pandemia.
O senso de responsabilidade coletiva fez criar uma espécie de empatia generalizada, onde todos buscam se unir para encontrar a melhor forma de lidar com tantas mudanças. Da parte das instituições educacionais houve a pressa em encontrar um meio para atender melhor aos alunos. E dos alunos a compreensão de que a situação da pandemia era algo novo para todos, o que exigia paciência e compreensão diante de tantas limitações que foram impostas repentinamente.
É consenso que cada novo passo rumo a reabertura, deve ser tratado com prudência e pensando no bem-estar coletivo. Dessa forma, aguardar a vacinação completa para o retorno as aulas, parece ser a melhor alternativa.
As três grandes universidades públicas de São Paulo: USP, UNICAMP e UNESP, decidiram que o retorno presencial se dará apenas para estudantes imunizados com as duas doses da vacina. É unânime entre elas que tal exigência é uma declaração pública de apoio à ciência
No caso da USP, programa-se a volta às aulas nos campus a partir de 04 de outubro. Já Reitores da Unicamp Unesp dizem não ter data certa para o início. A previsão, nas duas, é a partir de setembro.
O retorno à presencialidade será gradual e pautado em avaliações e melhorias. Estima-se que retorno geral às aulas presenciais é mais provável em 2022, prevalecendo ainda parte do ensino de forma presencial, sobretudo as de cunho prático, e as aulas mais teóricas seguem mantidas no modelo virtual.
Na USP o retorno se dará 14 dias depois da segunda dose – ou após a aplicação da vacina da Janssen, que é única. Para quem estiver com a vacinação completa, a volta ao presencial é obrigatória, tanto para alunos quanto para servidores. Segundo a reitoria, 50% dos funcionários e docentes já foram imunizados. Acredita-se que em novembro o campus da USP já funcionará próximo da normalidade.
Assim como o Brasil a Argentina também começa a reabrir suas universidades para aulas presenciais Incentivadas pelas mudanças nos parâmetros epidemiológicos e na crescente vacinação da população. Respeitando a capacidade reduzida de alunos, e com medidas como o uso de máscara e com painel de acrílico separador entre o professor e o aluno, no caso de algumas instituições.
Não há, portanto, um consenso em relação a obrigatoriedade ou não da vacinação completa para retorno as atividades. Acaba se tornando uma decisão individual de cada instituição, desde que se respeite os protocolos e orientações sanitárias. No caso do Brasil, muitas escolas e faculdades já estão realizando o retorno gradual. No restante do continente, ocorre o mesmo, de forma prudente analisando o cenário da pandemia e números de casos dia-a-dia.
O que não pode ficar esperando são os seus planos. Mesmo em tempos ditos como incertos em relação ao retorno ou não presencial, as universidades mantiveram suas matrículas, vestibulares e processos seletivos da forma como foi possível. É tempo de buscar informação, conhecer as alternativas e possibilidades para colocar em prática aquela graduação que está nos seus projetos.
Não há espaço nem motivos para procrastinação. Mesmo com incertezas, é preciso manter o foco no objetivo final e procurar possibilidades de alcançá-lo.
Se o seu objetivo é cursar medicina, nos estamos aqui para torná-lo possível. Atuando há quase duas décadas, ajudando pessoas a tirarem seus planos do papel e torná-los realidade, a Vive en Buenos Aires tem a estrutura necessária para auxiliá-lo em todas as etapas do processo de estudar medicina nas faculdades mais renomadas do continente.
Livrando-se de toda a burocracia e dificuldades enfrentadas nos processos seletivos existentes no Brasil, cursar medicina na Argentina pode ser o caminho mais rápido em direção ao seu objetivo, e nos estamos aqui para tornar esse percurso seguro e satisfatório.
Conte conosco. Temos profissionais qualificados, com vasta experiência, que cuidarão de cada detalhe para que a sua experiência seja um sucesso!